terça-feira, 11 de novembro de 2008

(Originalmente escrito em 19/09/2005)

Conversando com o Sérgio, novamente tive a triste constatação que cada dia que passa estou cada vez mais insuportável. Intolerante, irônica, estúpida. Não é a toa que ele me chama carinhosamente de azedinha, limãozinho. O problema é que sinto que estou me tornando um limãoznho passado, pois além do azedume tradicional, estou ficando cada vez mais amarga.
Percebi também que o machuco diariamente. Só o critico e dificilmente o elogio. Não sei porque ele ainda está comigo. Talvez seja o sexo que nos prenda ou talvez seja o carma dele, se bem que para quem suporta alguém como a mãe dele... A diferença que ele é obrigado a aturá-la e não a mim. Quando ele se cansar, o encontro do pé dele com a minha bunda irá ocorrer.

···Por outro lado, sinto que somos nocivos um ao outro. Acho que estou sendo repetitiva, mas tenho medo de nos matarmos juntos. E por parte dele, isso é relativamente fácil de acontecer. É irônico, mas acho que nunca fui tão feliz amorosamente falando mas acho que poucas vezes me senti tão mal como atualmente me sinto. Sinceramente não sei mais o que fazer.

···Na verdade, sei que a única coisa que devo fazer é pensar antes de falar e não pegar tão pesado com ele, coisa que faço, muitas vezes sem perceber.

É, acho que ele me ama.
De verdade.

...

EU melhorei. Não.
Estou menos pior, apesar de bem mais estressada.
Mas continuo injusta, a diferença é que reconheço, mesmo que passe um tempo e peço desculpas.

Depois de quase cinco anos de relacionamento, apesar de alguns altos e baixos, principalmente provocados por mim, tenho certeza que sou feliz amorosamente, que tenho um cara bacana ao meu lado e provavelmente viveremos juntos os nossos próximos vinte anos de vida, pois dificilmente viveremos mais do que isso. E tenho a plena certeza que não é o sexo que nos mantem juntos, afinal... já falei disso.

Pois é, eu realmente quero ficar com ele.
Mesmo com meu mundo interno conspirando contra isso.

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Hidróxido de alumínio é meu pastor e nunca me faltará.